quinta-feira, 30 de outubro de 2008

flaner - flaubert - um qualquer

aqui o tempo da palavra é outro
tudo que escrevo deveria ser durável
imutável estável e eterno
senão é só mais um risco na lousa da sala
um arranhão na porta do banheiro
uma marca na tábua de carne.todo mundo, fala todo mundo tem opinião, todo mundo sabe bem
todo mundo ama e sofre, todo mundo respira e tosse
todo mundo reclama e consome
Tá, todo mundo esquece também.
Não sou diferente, tenho filtros, camadas, contornos, roupagens, impressões e necessidades.
Tenho idéias, milhares delas por segundo
talvez seja criativo
talvez.
Como todos, tenho pedras, âncoras, correntes, indecisões e desatinos.
As vezes as minhas idéias me ajudam a passar por isso.
As vezes.
Tenho comportamento de quem se preserva,
parece que vivo numa bolha e nada lá fora me toca.
Não é bem assim, me sinto bem ao contrário
tudo me toca muito. muito muito muito.
sofro de excesso de emoções.
como se fosse uma antena, uma esponja, um guardanapo
nunca escapo ileso
por isso me direciono a maioria das vezes para aquilo que considero bom
já que é para marcar, que seja com algo belo!
Não estou falando de bom e belo do dicionário,
estou falando de sensação física, se lágrima, arrepio, sorriso incontrolável e espontâneo.
Tá, talvez seja aquele tal do 'frescor do maravilhamento'....

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