quarta-feira, 12 de novembro de 2008

O dia pela noite


Resgatei minha paixão por Truffaut.

Com ele encontro minha paixão pelo cinema, sinto aquele nervosismo gostoso de quando escolhia filmes para as sessões de cinema e vídeo da faculdade.
Assisti 'A Noite Americana'.
É engraçado ver os bastidores de uma filmagem e o festival de incertezas que envolvem uma produção como essa.
Como é uma obra em construção é até normal as coisas irem se resolvendo com o tempo, mas fica bem claro que o diretor é o único que consegue domar isso tudo.
Algumas decisões são mais simples (por exemplo que revólver o ator vai usar em cena), mas outras são cheias de variantes, como por exemplo lhe dar com os atores e equipe (insegurança, esquecimento de falas, nervosismos, destemperanças, ataques, ameaças de desistência), fora é lógico o prazo de entrega do filme, problemas na revelação, morte de ator.
Uma das falas de Truffaut exemplifica bem a questão:
- O que é um diretor de filme?
- Alguém que responde todo tipo de pergunta.

Além de falar sobre os bastidores, a parte digamos 'funcional', também vemos o outro lado, o sentimento, a paixão (seja através de closes em livros sobre grandes diretores ou no sonho recorrente do diretor - em P&B, uma mistura de 'Os Incompreendidos' com 'Cidadão Kane' (único momento em que nos desligamos da realidade e vamos além da visão documental).
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E definitivamente Truffaut é o cineasta das mulheres.
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-Esta participou de um filme político alemão famoso, esta fez um filme pornô. Porque você não faz um filme pornô?
(alguém apresentando duas garotas - Greta e Diana - ao diretor no set de filmagem)


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